Aos 02 dias do mês de Dezembro de
1917, nascia Deoscoredes Maximiliano dos Santos, popularmente conhecido por
Mestre Didi. Sacerdote, escritor e artista plástico, Mestre Didi foi um ícone
mais que importante, para cultura afro-brasileira em especial ao culto dos Òrìṣà e ao culto dos antepassados Egúngún. Mestre Didi foi iniciado ainda
muito cedo, com apenas 7 (sete) anos de idade. Foi iniciado no culto por Marcos
Pimentel, que era o Alapini, o responsável junto com seu pai Marcos Theodoro
Pimentel em trazer para o Brasil, o culto a Bàbá Olukotun o Olori Egún, o chefe
cabeça dos Egúngún, o ancestral de origem africana mais antigo cultuado na
diáspora brasileira.
Mestre Didi sempre manteve a tradição que lhe foi confiada. Mãe Aninha (Ọba Biyí), a qual a chamava de avó, foi a responsável pela sua iniciação ao culto dos Òrìṣà, no candomblé de Ṣàngó, o Òpó Afonjá e aos 14 (quatorze) anos, recebeu o titulo de Asogba – cargo esse destinado a casa de Obaluaiye, conhecedor imenso dos mistérios e preparos relacionados ao culto deste Òrìṣà, Mestre Didi como excelente artista, confeccionava as insígnias dos orixás do panteão da terra (Náná, Ọmọlú, Òṣùmàrè), com um toque mais que delicado, uma preparação repleta de fundamentos litúrgicos e rituais, desde o inicio ao termino da confecção. Um homem sério, valente, verdadeiro e pai. Mestre Didi preparou bons discípulos, deu continuidade ao que foi deixado pelos seus anteriores, contribuiu de forma vasta para que o culto afro-brasileiro se mantesse coeso a tradição deixada pelos seus iniciadores. Lutou até o seu último dia de vida, alertando e pedindo para que todas as obrigações, que por ele foram implantadas conforme a tradição, não fossem desfeitas ou esquecidas. Sempre pensou na evolução, mas sem perder a essência.
Mestre Didi sempre manteve a tradição que lhe foi confiada. Mãe Aninha (Ọba Biyí), a qual a chamava de avó, foi a responsável pela sua iniciação ao culto dos Òrìṣà, no candomblé de Ṣàngó, o Òpó Afonjá e aos 14 (quatorze) anos, recebeu o titulo de Asogba – cargo esse destinado a casa de Obaluaiye, conhecedor imenso dos mistérios e preparos relacionados ao culto deste Òrìṣà, Mestre Didi como excelente artista, confeccionava as insígnias dos orixás do panteão da terra (Náná, Ọmọlú, Òṣùmàrè), com um toque mais que delicado, uma preparação repleta de fundamentos litúrgicos e rituais, desde o inicio ao termino da confecção. Um homem sério, valente, verdadeiro e pai. Mestre Didi preparou bons discípulos, deu continuidade ao que foi deixado pelos seus anteriores, contribuiu de forma vasta para que o culto afro-brasileiro se mantesse coeso a tradição deixada pelos seus iniciadores. Lutou até o seu último dia de vida, alertando e pedindo para que todas as obrigações, que por ele foram implantadas conforme a tradição, não fossem desfeitas ou esquecidas. Sempre pensou na evolução, mas sem perder a essência.
Dia de Festa de Bàbá Olukotun 06/01/13 - Ilê Axipá
A continuidade depende dos que chegam, o culto de Egúngún é um culto expressamente ligado aos antepassados, a ancestralidade individual e generalizada. Responsáveis pela da ordem e pela disciplina da sociedade, pois sua voz é lei, os Egúngún, proporcionam o alerta, o movimento, orientam em seu bailar a expansão, a esquiva, a vida e os seus perigos. Na Sociedade Cultural e Religiosa Ilé Aṣìpá, comunidade terreiro fundada por Mestre Didi, é mantida a tradição de culto a Egúngún, em especial o culto a Bàbá Olukotun, Bàbá Alapalá os egungun da linhagem de Marcos Pimentel, entre os egungun da família do Mestre Didi trazidos da África.
Esse ano 2017, Mestre Didi completaria 100 (cem) anos de vida no dia 02 de Dezembro, em comemoração a esse centenário de nascimento do mesmo, eu rogo a Olorun Baba Olodumare, a todos ancestrais e orixás, que nós mantenedores de sua tradição, possamos viver por muitos e muitos anos, para dar continuidade ao seu trabalho e a religiosidade que a nós foi passada.
Alapini gba mi o!
Jefferson Ferreira
Ójè Adeniji - Ilé Asìpá


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